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Discursos-->O Mal Contra o Mal -- 24/11/2002 - 19:14 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
No Final, o Mal Enfrentará o Mal.
(Domingos Oliveira Medeiros)


Não acredito na premissa simplista de que a causa da violência que grassa neste país, nos últimos anos, esteja basicamente restrita ao problema do desemprego, da má distribuição de renda, e outras justificativas do estilo. Se fosse assim, a violência estaria em patamares bem superiores, posto que o exército de desempregados e de famintos é muito maior do que aquele dos que vestem a farda do crime organizado. Depois, tem a história da motivação. Quem tem fome não estupra, não mata, não seqüestra, não odeia. No máximo, se a fraqueza de caráter assim o permitir, consegue pedir uma esmola ou, até mesmo, “roubar” um pacote de biscoito ou um saquinho de leite de um desses supermercados; o que, aliás, nem é considerado crime.

A violência violenta, digamos assim, faz parte de outra classe de miseráveis. A classe dos estúpidos que, à sombra do anonimato e, quiçá, acobertados por algumas autoridades, insistem em assaltar, ferir, torturar, matar, humilhar, com requintes de crueldade, de forma “profissional”, sem qualquer constrangimento ou arrependimento, apenas para cumprir um “trabalho” encomendado pelo “Cabeça” ou “Cabeças” da “Organização” ou “Organizações”criminosas, com propósitos os mais diversificados.

A rigor, o objetivo de tudo está na luta pelo poder (indiscriminado e sem responsabilidade) e, em conseqüência, pelo acúmulo de recursos materiais e financeiros.

Somente isso, porque, a bem da verdade, chegaremos um dia em que as atitudes criminosas dessas organizações, sem regras e sem limites, acabarão por destruir a própria natureza, a própria alegria, a própria liberdade, deles mesmos, dos criminosos, que não terão nem onde gastar tanto dinheiro. E isto não demorará muito. Daqui a pouco, nossas praias e nossas ilhas estarão todas poluídas, inundadas de óleos derramados pela indiferença dos estúpidos, incluído os governantes omissos.

Não se poderá mais realizar uma simples pescaria, pois não haverá peixes para pescar. Não se terá sossego diante do imenso calor por conta do efeito estufa, que insistem em não cuidar. Não haverá água potável. Virão as doenças. A velhice. E não haverá hospitais nem médicos suficientes para atender a todos. Os hospitais terão fechados suas portas por falta de recursos. E os médicos foram procurar, junto com os professores, novos meios de vida, face aos parcos salários que cansaram de receber.

Os drogados começam a morrer e a diminuir de número. O contrabando de drogas começa a ruir. Não haverá mais clientes para garantir o consumo. Não há mais governo para corromper. Por orientação do neoliberalismo, o Estado afastou-se tanto da economia e do social, que encolheu e sumiu. O Congresso fechou às portas. Não há mais sistema político. Não há mais políticos. Nem bons nem maus. Fecharam-se as portas daqueles que se locupletavam com as fraquezas do poder constituído. Os balanços de grandes empresas continuarão a mostrar uma situação irreal das empresas, do tipo que está acontecendo com a Xerox, para ficar na mais recente. E o próprio mercado de capitais perderá credibilidade e não terá razão mais para existir. E o trabalho estará extinto. Não haverá mais formas de exploração. Não haverá mais formas de ganhar dinheiro. De especular. De mentir.

Sobrarão os grupos de organizações criminosas que, de resto, brigarão entre si, até restringir-se a um último grupo, o mais poderoso deles. Grupo aliás, em pouco de tempo, constituído de velhos criminosos, doentes e desinteressados, que vão morrendo pouco a pouco, à míngua, até restar o último deles, coincidentemente ou não, de nome Adão, o poderoso chefão, que olha para trás e verifica o inferno em que eles transformaram o que antes era o Paraíso. De seus olhos rolam lágrimas. E lhe vem à mente algumas idéias de arrependimento, de consertar as injustiça e os males praticados. É preciso escolher logo alternativa que lhe resta..

E então, ele se põe de joelhos e, num último esforço de consciência, pede perdão a Deus. E Deus, que é Misericordioso, que é Justo, lhe dá mais uma chance. Chance que se estende para todos nós. E recria o mundo. E tudo recomeça das trevas. E faz-se a luz novamente.


DOM-2002
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