Waldomiro é Anarquista?
Waldomiro é pessoa honesta e amiga. Mas, como todo ser humano, não é perfeito. Um crítico político diria que se trata de praticante da utopia Anarquista. Só vai considerar observação pejorativa quem confunde anarquismo com desordem.
Anarquismo é a quimera da sociedade sem governo, posssibilitada pela compreensão extremada entre os humanos. Daí o caráter utópico. Sendo finito e imperfeito, o ser humano fracassa em busca da compreensão simplória. O que dizer da extremada?
Esse é o retrato da Usina de Letras. Quase todas as virtudes e defeitos humanos expostos em forma de palavras sensatas ou insensatas. Waldomiro assiste de cadeira a seu laboratório anarquista. Cada um infere se é crítica ou constatação.
Por isso, desocupados se aboletam no QA. Doente mental estrangeiro risca seu país distante e invade o Brasil. Agride o Estado e a Nação, mas nada lhe acontece. Os agredidos não têm a quem recorrer - e ainda são zombados abertamente.
Uma sociedade civilizada não aceitaria o que se passa na Usina de Letras. Sem censura, graças a Deus, as leis estabelecem limites. Mas, aqui, para que servem? Para nada servem, pois o anarquismo não prevê legislação formal.
É cada um por si e Deus por todos. Parece que a solução possível é a superação das limitações humanas. É o Homem perfeito. O semi-deus. Os pupilos de Waldomiro. Mas estará este a fazer o que exige dos outros? Quem responde?
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