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Cordel-->O TIRANO BOLSONERO -- 04/04/2021 - 08:17 (Benedito Generoso da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

     O TIRANO BOLSONERO

     I

     Após guerras e conquistas

     Roma teve um Imperador,

     Júlio César, o primeiro

     E, até mesmo o fundador,

     Do mundo o maior Império,

     Sucedeu-lhe o filho Tibério,

     Que ele o adotou por amor.

     II

     Seu nome era Caio Otávio,

     Mas quis outro mais arbusto,

     Por isso foi proclamado 

     Para um título robusto:

     Além de acrescentar César,

     Que um melhor nome preserva

     Chamou-se Otaviano Augusto. 

     III

     Após a morte de augusto,

     Sucede-lhe outro Tibério,

     Num reinado de terror

     Ele arruinou todo o Império;

     Enquanto isso Jesus Cristo,

     Na palestina era visto

     Profeta e pregador sério.

     IV

     Toda a história de Jesus

     O mundo inteiro conhece,

     Por isso eu prefiro aqui

     O silêncio e uma prece;

     Ele é o nosso Salvador,

     Único Rei e Imperador

     Do qual o mundo carece. 

     V

     Mais um imperador morrendo,

     Vem Calígula de ateus,

     Um dos reis mais sanguinários

     E incestuoso às Leis de Deus,

     Suas três irmãs estuprou

     E Seu Cavalo o elevou

     No Senado a Semideus.

     VI

     Como a vida tem um fim

     Viventes morrem um dia,

     Feliz quem morre em paz

     Seguindo a melhor via;

     Morreu ele assassinado,

     Calígula tão desprezado

     Sozinho em sua agonia. 

     VII

     O tirano Claudio César,

     Outro imperador cruel,

     Que sucedera a Calígula,

     Foi à maldade mau fiel;

     Não foi imperador heroico

     Psicopata e paranoico,

     Nas orgias do seu fel.

     VIII

     Mulheres e muito vinho

     E homens maus pervertidos

     Dançavam no seu palácio

     Dias e noites aguerridos,

     Muitos sexos e até sangue

     Curtiam aquela gangue

     Morte do rei e divertidos.

     IX

     Vem novo, o Imperador Nero,

     Filho que até a mãe matou,

     Perseguiu o cristianismo,

     Porém o seu nome ficou

     Por todo o mal que ele fez,

     Seiscentos, sessenta e seis,

     Besta que Roma incendiou.

     X

     Nero, com o seu fogaréu

     Queimou sem usar suas mãos

     Roma, a capital do Império,

     E depois culpou os cristãos,

     Com dedos tocava a Lira,

     Cantando no auge da ira,

     Que matava os bons irmãos.

     XI

     Aqui eu traço um ponto

     Pra começar nova história,

     De nosso Brasil querido,

     A nossa nação inglória, 

     Pelo qual a luta é bruta,

     Mas não tem fim a disputa

     Pra nossa grande vitória.

     XII

     Nosso Brasil, cuja carta,

     De Pero Vaz de Caminha,

     Descrevia o bom e o melhor

     De nossa amada terrinha,

     Que em plantando tudo dá

     Porque aqui somente há

     O Índio e a erva daninha.

     XIII

     Claro, a Carta de Caminha,

     Não descreveu nenhum mal,

     Numa esquadra retornou

     E chegou em Portugal,

     Se o Rei Manuel leu, não sei,

     Porém por Ordem e a Lei,

     Para as Índias foi Cabral.

     XIV

     Não podemos esquecer,

     O que trouxe as caravelas,

     Para explorar o Brasil

     E um dia morrer sem velas;

     Na Esquadra de Cabral,

     Carta ao rei de Portugal

     Só contava coisas belas.

     XV

     As caravelas trouxeram

     Também alguns maus feitores

     Para aqui no seu exílio,

     Na Terra de Índios e flores,

     Com missão de fazer mal,

     Por ordem de Portugal

     E os seus colonizadores.

     ***

     O DITADOR E A PESTE

     I

     Bastante tempo depois,

     Numa nação Brasa Bendita

     Vida é brasa que se apaga

     E das cinzas ressuscita;

     Nesta terra houve horrores,

     Muita repressão e dores,

     E uma escravidão maldita.

     II

     Depois de trezentos anos,

     Libertou-se a escravidão,

     Pois Isabel, a Imperatriz,

     Pôs a Lei Áurea em ação;

     Dizia a Lei que os cativos,

     Mortos ou seus filhos vivos,

     Herdariam indenização.

     III

     Pratas, ouros e dinheiros,

     Terras férteis pra cultivo,

     Prescrevia a Lei Áurea ,

     Para quem fora cativo;

     Nunca tal Lei foi cumprida,

     Porque o bom desta vida

     Do rico é um bem furtivo.

      IV

     E assim é a nossa nação

     Da qual eu quero falar,

     No início do ano passado

     Eu  ouvi  sem duvidar,

     Que estávamos invadidos

     Por vírus aqui já tidos

     Para nos desgovernar.

     V

     E enfim chegou a Peste,

     Para todos num só olhar,

     E olhos lacrimosos tristes

     De um rindo e outro a chorar,

     Cada qual em sua casa,

     Mas a cura sempre atrasa,

     Porque ela desce do Altar.

     VI

     Governo que desgoverna

     E que a morte faz crescer

     Numa nação rica e forte

     Faz muita gente morrer

     De quem morre ele debocha,

     Porque o fraco que se afrouxa

     Não deve sobreviver.

     VII

     Se Nero matou milhares

     Com seu incêndio de Roma

     O fato é que o Bolsonaro

     Mata com fogo o Bioma,

     Das florestas incendiadas

     Mente, engana e dá risadas,

     Assim seu povo ele embroma.

     VIII

     O pior dos presidentes

     Que o Brasil já governou,

     Porque o eleitor enganado

     Em um fascista votou;

     Perdidos agora estamos,

     E com fé em Deus esperamos

     Jesus dizer: “Paz vos dou”.

     IX

     Trezentos e trinta mil

     São os mortos atuais,

     Morrem pais, filhos e irmãos

     Que não voltarão jamais;

     Triste e em prantos eu declaro

     Que o culpado é Bolsonaro,

     Perverso e Cruel e demais.

     X

     Maria canta que o Santo

     "Maravilhas fez em mim,

     O seu nome eu engrandeço

     Porque sua glória é sem fim,

     Sua humilde serva sou,

     Mas Bendita me exaltou

     Deus Poderoso, o Eloim".

     XI

     "Seus braços derrubam fortes

     E prendem os opressores

     Pois seu amor é grandioso,

     Livra oprimidos das dores,

     Dos famintos sacia a fome

     E o pobre o alimento come

     Comidas de bom sabores."

     XII

     "Deus derrubará do trono

     Tão logo este ditador,"

     Uma nova era há de e vir

     Ao Brasil, Terra de amor,

     Bom será nosso dia a dia

     Como prometeu Maria

     A mãe de Nosso Senhor.

     XIII

     "Ricos saem de mãos vazias

     Depois de serem vaidosos,

     Os pobres são exaltados

     No Reino de Deus, Gloriosos;"

     Maria, a mãe de Jesus,

     Cantou e após deu-lhe à luz:

     "Deus destrona os poderosos."

     XIV

     Além da fé e esperança

     Em Deus, nos resta ainda,

     Que os desvalidos lutem

     Pela justiça a nós vinda

     E, a Páscoa nos conforte,

     Livrando-nos da morte;

     Que a Peste a vida não finda. 

     XV

     Para encerrar digo agora,

     Com fé em Jesus na jornada,

     Que salve esta Pátria amada;

     Para os pobres, seus recintos,  

     Sejam saciados os famintos,

     Conforme a sua lei sagrada.

 

     BENEDITO GENEROSO DA COSTA

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