Não quero presenciar este esvaecer,
Ser cúmplice deste desbotar de vida.
Não quero ver desaparecer o brilho
que faz com que pulse.
Prefiro não pensar na luz a dissipar-se,
na alegria que esmaece,
na curiosidade que abranda,
na agitação que malogra,
na procura que frustra,
na vida que branda se torna,
a saúde que se desfaz.
Prefiro tê-la ao meu lado sempre
com seus olhos a se orgulhar
do quase nada que faço.
Pois quando se for
não haverá emplastro, curativo,
musica, carinho ou remédio
que desvanecerá a dor da perda.
Tita
08/07/08
|