Acordo com todo o propósito porque sei, que não há motivos para nenhuma ansiedade.
Então eu sei. Sei que posso mantê-la ao longo de todo o dia, passando por ele como uma bailarina pisando leve.
Derrubo café na cozinha e tenho que limpar o chão.
Entro no banho e o meu sabonete para lavar o rosto não está lá. Quem pegou? Porque não devolveu?
Saio do banho, o creme acabou.
Tudo bem. Isso não é nada.
Quando eu chegar na minha mesa de trabalho vou encontrar um e-mail dele.
Ligo o computador. O Outlook. Nada.
Catástrofe!!!
Terá desistido? Mas o que foi que aconteceu?
Bem que eu percebi, bem que eu sabia, bem que eu desconfiei que estava dando atenção demais.
Porque falei tanto? Porque demonstrei tantas vezes? Porque me expus assim, como se não tivesse medo de nada, tão dona de mim?
E agora? Mais de 10h00! Não tem jeito. Cansou. Desistiu. Deixou pra lá. Esgotou.
Melhor nem pensar mais.
O coração dispara, chega a doer, será assim que tudo termina? Como é possível sentir o coração como se fosse uma perna, um braço, algo que se pode mexer e ver? Como pode marcar presença batendo assim tão forte?
Suspiro.
Não acredito que já passei por tanta coisa e estou sentindo isso.
Preciso me controlar.
Respiro fundo.
Rezo (adianta?), medito (sem conseguir), trabalho (aos trancos), não presto atenção (não tiro o olho!).
Chegou! Lá o envelopinho amarelo me chamando.
O alívio é tanto que a pressão cai, fico estagnada, a cabeça dói.