Perguntou-me o que era imprescindível. O que, de tudo, seria o mais importante.
Queria minha resposta. Com pressa. Para ele, era importante.
Para mim, muito difícil.
São tantas coisas... tantas pequenas coisas.
Mas ele queria uma só. Uma e apenas uma resposta.
Apesar do pouco tempo, algo já deveria se mostrar imprescindível.
Algo sem o que não seria possível, sem o que não adiantaria tentar.
Sem o que era melhor não ir em frente.
Confusa, ansiosa, tentei escolher entre seus olhos, seu jeito delicado, suas palavras bonitas.
Aflita procurei definir se viria em primeiro lugar sua atenção, seus abraços, seu jeito de menino, sua sinceridade, sua espontaneidade, seu corpo harmonioso e envolvente, as coisas que me escrevia.
Nervosa, quis desistir.
Não deixou. Insistiu no quanto era necessário para ele saber esta resposta. Esta única resposta que o deixaria seguro.
Abalada, tive que me decidir.
E encantada, encontrei a resposta.
O essencial é tê-lo ao meu lado.
Sentir sua mão na minha.
Sempre.
09/10/06
Tita Ancona Lopez
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