Houve um tempo em que não era preciso esforço.
Os acontecimentos vinham até nós, em sincronia.
Como acordes, com ritmo.
Não havia grandes vazios
nem grandes espaços silenciosos.
Fluíam o riso e as palavras,
as atenções e as gentilezas.
Como se fosse sabido em todas as esferas,
que éramos merecedoras.
Não era preciso provar nem alardear.
Bastava ser.
Hoje é preciso clamar aos quatro ventos,
pedir, e ainda nos convencer
em auto-análises silenciosas, profundas e minuciosas
de que sim! Não há dúvida!
Continuamos merecendo.
Tita Ancona Lopez
18 de abril, 2005
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