Fecho os olhos e me abstenho de dizer qualquer coisa.
Não direi.
Pois se disser, pode ser que não diga exatamente aquilo que gostaria.
Ou pode ser também que extrapole nas palavras, gestos, expressões.
Talvez aja bruscamente, não sei.
Vou ficar quieta.
Por dentro de mim, me imagino.
Na imaginação estou furiosa.
Tão furiosa, mas tão furiosa,
que tiro uma peixeira do cano da bota direita e parto para cima
dizendo: “repete, repete se tiver coragem”
Porque sou brava, muito brava. E estou furiosa e valente.
Eu sou daquelas que não levo desaforo para casa.
Como no cangaço!
Tita Ancona Lopez
28/11/07
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