Quando posso durmo até tarde, estico o corpo e demoro para tencioná-lo novamente.
Quando posso olho o mar e ao olhar as ondas, devaneio sonhos bons.
Se posso, durmo muito tarde, sem remorsos. Olho fixo para o céu a procura de estrelas cadentes e peço desejos há muito esperados.
Quando posso tomo um sorvete demoradamente, lambendo devagar cada sabor. Sento-me ao sol e ao ficar muito quente, entro na piscina gelada e faço meu corpo boiar.
Se posso converso muito e escuto a musica das vozes no ar. Às vezes adormeço com este som, placidamente.
Quando posso passeio sem rumo e, ao anoitecer, sento-me em algum lugar para ver as pessoas passarem e imaginar o que fazem e pensam.
Quando posso abraço e beijo e me envolvo. Entrego-me sem nenhuma amarra e sinto cada momento.
Quando posso, vivo intensamente.
Sou feliz quando posso e é por este motivo que, quando posso, me deixo poder tudo o que possa.
Tita
01/03/2007
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