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Poesias-->SALGUEIRO -- 16/04/2008 - 20:15 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando percebeu que não levava em conta tudo o que haviam passado juntos, ficou sem ar.

Quando se deu conta de que aos poucos a afastava, aproveitando-se de maneira funesta da liberdade e confiança que depositara, ficou pasma.

Quando, naquela noite, tratou-a com se fosse apenas mais uma de suas conhecidas, seu coração despedaçou-se.

Entrou em depressão. Minguou, chorou, pensou que nunca mais se recuperaria.

Porém, aos poucos criou forças, como se fincasse raízes fortes na terra e, quando ele dela se lembrou, já era tarde. Havia tornado seus sentimentos independentes dos dele e criado garras, serruladas e acuminadas, como as folhas de um salgueiro.



Tita

28/08/07

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