Sou tranqüila, calma.
Ajo sempre com aparente ponderação e racionalidade.
Tomo decisões imparcialmente, escuto e sou confiável com o que escutei.
Não faço escândalos, não armo barracos, não tenho chiliques.
Choro a qualquer contato com a emoção, não escondendo as lágrimas que brotam e escorrem pelo meu rosto.
Mas quando me apaixono...
Quando me apaixono torno-me explosiva, como uma mina.
Procuro a todo o custo não demonstrar o que mora dentro de mim,
sabendo que fico dotada de propulsão e direção próprias incontroláveis.
Emito descargas elétricas, sorrateiramente.
E então me lanço, no escuro, no impossível e no desconhecido,
tal qual um torpedo.
Tita
04/09/07
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