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Artigos-->22. A VERDADEIRA INTERPRETAÇÃO — OLAVO -- 11/11/2002 - 08:39 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O simples ato de “bocejar” pode ter várias significações. A mais comum é representar que o indivíduo está com sono e, ao aspirar o ar, provoca maior inchação dos pulmões, obrigando-os a receberem mais oxigênio, o que irá despertá-lo um pouco mais, preparando-o, por outro lado, para repouso das lides do dia. “Bocejar” pode significar que a pessoa está sendo encaminhada para trabalhos mediúnicos sérios, de forma que seja capaz, através de mecanismos eletromagnéticos, de se desligar das atividades circunstantes, podendo, com maior rigor, concentrar-se na tarefa a que se destina, junto aos irmãos em espírito. “Bocejar” tem outro significado: o de demonstrar que o sujeito pende para a indiferença, tendo, neste caso, sentido simbólico, metafórico, constante do rol de sinais a que se acostuma o encarnado durante a sua vida. “Bocejar”, ainda, pode dizer-nos até que ponto a pessoa tem presentes os seus compromissos para com a realidade maior, sendo que, neste caso, adquire formulação transcendente ao mero convívio carnal.



Estamos dedicando-nos a comentar os vários sentidos de um termo, para podermos levar o leitor à meditação sobre os aspectos que uma mesma forma pode representar para o espírito humano, enquanto observador e perquiridor da verdade. É bom que todos saibam determinar com rigor o sentido próprio de cada atitude, para poder interpretá-la à luz da benemerência e da solidariedade que devem presidir os atos humanos. Quanto mais próxima estiver a atitude dos atributos superiores que dela se esperam, mais feliz será o cometimento, o arremesso da vontade individual, a refletir alma preocupada com o advento em sua vida dos bens maiores promanados da Divindade. No entanto, a investigação também mantém aceso o curso de benefícios que se esperam na forma de bênçãos a quantos pretendam honrar todos os seus compromissos, uma vez que pode conduzir a momentos de reflexão portadores de descortino das reais razões que levaram o indivíduo a proceder desta ou daquela maneira. Mais tarde, com o costume de realizar freqüentemente essa perquirição de valores, saberá, instantaneamente, cada qual se está ou não obedecendo aos ditames de sua consciência na consecução dos objetivos de sua missão, enquanto encarnado ou mesmo na condição de espírito a pairar pelo éter, que é o invólucro mais sutil do planeta.



Hoje, caminhamos com dificuldade pelas sendas da interpretação, haja vista que simples ato como o de “bocejar” pode sofrer inúmeras interpretações, dependendo da análise que se realize ou do ponto de vista que se adote. Imaginemo-nos diante de atitudes morais e intelectuais como o “fazer o bem ou o deliberar a respeito de um voto”: é de fazer doer a cabeça até aos alfinetes. Perdoe-nos a graça, mas é que a comparação é valiosa. Imaginemo-nos diante de difícil interpretação, que possa levar-nos a multíplices conclusões. Não saberíamos a que descaminhos nos levariam as nossas conjecturas, se não tivéssemos sólido conhecimento dos evangelhos e das leis ditadas pelo Senhor e registradas em suas Tábuas por Moisés, esse primeiro grande médium das “Escrituras”, médium de Deus, como Jesus também o foi, pois interpenetrou-se do espírito divino mediando as fontes perenes do conhecimento entre o Criador e os humanos. Esses princípios é que devem orientar-nos as interpretações em casos da moral a ser adotada ou dos critérios a serem seguidos. A rigor, não existe nada mais que possa servir de roteiro sobre o qual pautemos nossa incursões no campo do reconhecimento dos verdadeiros e definitivos itens em conexão com o mundo espiritual. Mais tarde, veremos que tais leis são absolutas e servem aos indivíduos em quaisquer circunstâncias e diante de qualquer atribulação ou problema.



Saber discernir o que é real do que é produto da fantasia, do que é concernente ao homem ou originado das necessidades dele, é o que se pede a todos, para que venham a progredir na busca da realização maior de suas existências. Não se poderá, pois, submeter-se este texto a dúbias interpretações, sem ofender aos princípios das leis de Deus. Caso o leitor queira tergiversar, deverá procurar outros temas de interesse meramente passageiro, como os dos prognósticos, os dos juízos de valores ou dos que contêm em si as próprias aspirações mundanas de ganho material. Em matéria divina, não cabe duvidar, pois tudo advém de pensamento positivo, fundamentado na essência da criação. Qualquer dolo ou má-fé poderão vir a ser descobertos, bastando para tanto aplicarem-se as normas descritas e o litigante cairá batido sob os argumentos do arrazoado divino. Não mais se encontrarão indivíduos que queiram “bouleverser”, que queiram jactar-se de serem hábeis intérpretes da vontade divina, se lhes apresentarmos os fortes argumentos da promessa evolutiva que deve estabelecer os parâmetros do nosso procedimento. O mais será discussão inútil, perda de tempo irreparável e irrecuperável para a aplicação no campo da caridade e da fé.



Ajamos com esperança, irmãos, a configurar o nosso pensamento e a nossa intenção de acordo com os princípios evangélicos, e ficaremos na paz do Senhor, pois estaremos trabalhando buliçosamente em favor do consciente de todos.







COMENTÁRIO — MARCELO E EQUIPE



Eis que, de todos os que se apresentaram até agora, surge um com preocupações lingüísticas. Não há dúvida de que seu texto está pleno de bons sentimentos e de ideais de cometimentos de grande responsabilidade no campo espiritual. Contudo, um reparo temos de fazer quanto às possibilidades de interpretação, quando se refere ele às condições humanas de inventar argumentos na tentativa de derrubar o arrazoado fundamentado nas diretrizes emanadas do Criador, via mensageiros espirituais autorizados pelos mentores que regem os “destinos” da humanidade e que velam para que o homem não desatine inteiramente. Essa restrição há de fazer-se no que se refere ao roteiro apresentado como sendo de superior orientação. Trata-se, evidentemente, de equívoco, pois cabe só ao homem estabelecer roteiros. No mais, a palavra não tem outro significado. Não que estejamos querendo, nós mesmos, cair na armadilha interpretativa, mas julgamos que o termo foi mal empregado, quando se referiu a planos emanados do Criador no ato mesmo da criação. Tais roteiros seriam, com certeza, o descrédito do livre-arbítrio, pois que, se emanados da força maior do universo, teriam os atributos da eternidade, da omnisciência, da unicidade e do absolutismo: só seriam possíveis esses, pois imanentes seriam ao próprio ato da criação. Tal, entretanto, não ocorre, já que, todos sabemos, não há ninguém que não seja capaz de traçar roteiro de vida e de segui-lo, na expectativa de vir a cumprir desígnios nem sempre os mais coerentes com os planos (“roteiros”) estabelecidos previamente, quer pelo próprio indivíduo em parceria com seus instrutores e mentores, quer por estes mesmos quando impedidos estiverem os espíritos encarnandos, por qualquer razão.



Era só o que queríamos objetar ao discurso ditado pelo irmão Olavo, novo ainda nas lides do esclarecimento mediúnico, mas viçoso no desenvolvimento em que demonstra ser muito promissor. Honras a ele e fiquemos a meditar a respeito da seriedade de suas palavras, uma vez que é muito difícil deixar de elaborar teorias à luz dos inúmeros fatos que entretecem a vida humana e das incontáveis formulações religiosas e filosóficas que se espraiam pelo planeta. A interpretação inequívoca existe, mas está afeta aos espíritos mais evoluídos, a quem cabe zelar pela humanidade como um todo e se situam em círculos cuja existência não somos sequer capazes de imaginar. A simplicidade da idéia, entretanto, nos atrai e sobre ela nos deteremos em particular, pois são os fatos mais singelos que contêm em si a pureza própria do Salvador, que se constituiu para nós no caminho, na verdade e na vida, portanto, daquele que é sábio de todas as sabedorias. Nem mais, nem menos.



Fiquemos no meio termo, sempre que não estivermos seguros das intenções que estão por trás dos atos que nos circundam e utilizemo-nos do recurso universal de que dispomos para não cair em interpretações erradas: o pedido em prece do esclarecimento oportuno, através do auxílio nunca negado dos irmãos mais afeitos a esses tipos de considerações. Sendo assim, a nossa mente ficará mais aguçada na compreensão dos verdadeiros valores em jogo e poderá prevenir-se a tempo, de modo a não enveredar pelos caminhos do erro. Não nos afastemos dos princípios gerais do cristianismo, se quisermos ser, nós mesmos, os intérpretes fiéis da vontade divina. Abstenhamo-nos, contudo, de nos envolvermos em discussões estéreis, que a mais não nos levam senão a esquecer nossa premissa de vida, segundo a qual a cada um conforme o seu esforço e a sua capacidade de trabalho, no incansável afã de tornar-se cada vez mais apto a usufruir os bens maiores da divina justiça e do divino amor. Oremos, pois, sempre que nos depararmos com situações embaraçosas e não nos preocupemos com nossas decisões, se contiverem o desejo de auxiliar, de conduzir os nossos irmãos às sendas do Senhor.



Basta por hoje. Fomos além do que pretendíamos na nossa observação. Não se vejam censuras sérias ao “fulcrum” da tese levantada pelo irmão Olavo, mas crítica de passagem a tópico de pequena envergadura no conjunto belíssimo do texto. Não se trata de corrigir coluna mestra, nem de ajeitar viga de sustentação, mas simplesmente de alinhar telha em sua exata fileira. Gratos, irmãos, por estarem atentos e não nos queiram mal por nossa rabugice e nossos comentários. Às vezes, as críticas são cabíveis, embora poucos sejam capazes de absorvê-las, no sentido de integrá-las ao seu rol de conhecimentos, visando a acrescentar novos pontos de vista aptos a serem manancial de idéias às quais o espírito poderá dedicar-se.



Estas excogitações têm por fim alertar, a quantos estiverem prontos para o exercício da evangelização através da mediunidade, para os mecanismos que são utilizados pelos espíritos na consecução de sua obra caritativa, no socorro doutrinário que prestam a entidades em desenvolvimento e em estudo.



Queremos deixar sossegado o nosso amigo médium, pois pode parecer-lhe que nem sempre discorremos com propriedade e respeito sobre os temas mais sérios do espiritismo. É que estamos aproveitando de sua gentileza e boa vontade para registrar anotações variadas sobre os aspectos que assume o nosso ministério. Parabéns, amigo, pela concentração e prossiga nessa disposição, para crescimento bem seguro nos difíceis caminhos da jornada mediúnica. Queira receber vibração amiga, enquanto todos, em conjunto, elevamos as nossas mentes ao Pai, em prece de agradecimento e em pedido de progresso e de evolução em sua estrada de amor.



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