Vou passando pelos pedaços da minha própria vida, sem me deter para percebê-los.
Pulo etapas, não me fixo em sensações, escapam-me sentimentos.
Vou levada pelos acontecimentos, obrigações e necessidades pulando obstáculos, atravessando intempéries.
Sigo sem ver e, por não ver, sigo como quem não vai mas é conduzido.
Por não ter quem me conduza abandono-me ao vento e sigo, incansável, sem análise ou temor.
Apenas vou. Como quem deve ir e não pode estancar as atribulações.
Como quem, por ter começado, não pode parar.
Tita
28/03/08
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