Procuro dormir e o barulho da avenida, invadindo meu quarto em ondas de som, impede que eu relaxe.
Mudo de posição, ligo o ventilador mas o barulho continua vrummm...bzzz...pémpém...
Acendo a luz e leio um pouco. Quem sabe mais tarde o barulho melhora?
Enquanto não durmo decido que o melhor seria ir embora desta cidade, morar no mato, viver vida tranqüila e, principalmente, dormir! Dormir muito, sem sobressaltos, um sono tranqüilo e ininterrupto. Que bom seria!
Então relembro as noites de mato quando o barulho era outro. A onça que esturrava, o gado que mugia, cachorros que uivavam para a lua. Recordo-me que o barulho do campo invadindo meu quarto em ondas de som, muitas vezes impedia que eu relaxasse.
Eu mudava de posição, ligava o ventilador mas o barulho continuava, muuuu, béééé...
Acendia a luz e lia um pouco (quem sabe o barulho melhora?).
E era então que enquanto eu não dormia e decidia que o melhor seria ir embora dali, morar na cidade e comprar um ar condicionado e janelas à prova de som, vinha de fora o ininterrupto, interminável e desesperante cri..cri...cri...cri...cri...cri...
29/02/08
Tita
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