Conversei, contei casos, mostrei meu íntimo.
Compartilhei meus segredos e sentimentos.
Contei minhas vergonhas e meus acertos, expus até meu lado mau, aquele que nunca havia admitido.
Um dia, não sei porque, me dei conta de que não havia retorno para as minhas palavras. Então a realidade me deixou pasma: nunca houvera.
Há quanto tempo eu falava sem ouvido que escutasse, coração que entendesse, amizade que consolasse.
Provavelmente minhas palavras soam em idioma incompreensível. Algum destes que inventaram e que misturam todas as línguas.
Quem sabe?
Tita
21/02/08
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