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Poesias-->A MANCHA -- 14/04/2008 - 20:33 (Cristina Ancona Lopez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia notou que no canto da sala havia uma mancha. No chão. Nunca havia notado.

Estranho...Será que sempre estivera ali? Como teria surgido?

Aproximou-se. Era uma mancha estranha, Não se parecia com nada além de uma ameba, disforme. O que a teria causado?

Lembrou-se de quando ele morara junto com ela naquele apartamento. Será que ele teria provocado a mancha? Se sim, porque não havia lhe dito nada?

Resolveu telefonar e perguntar: você se lembra de uma mancha no canto da sala, perto da janela, do lado esquerdo da mesinha de canto? Ele não se lembrava. Aproveitou para perguntar como estava, e a vida? Ele disse que ia tudo bem.

Desligou. E ela, como estava? E a vida?

Parecia que estava tudo bem, pensou...não fosse aquela mancha tão sem sentido...

Uma ameba disforme e amarelada. Pensou que algumas vezes acontecem coisas estranhas. Seria aquela mancha alguma coisa estranha?

Sentou-se para ver televisão. Era como se a “coisa” não tirasse os olhos dela e chamasse seu olhar a todo momento. Foi até a copa tomar um lanche, mas não conseguia parar de pensar naquilo. Resolveu ir se deitar mas antes passou pela sala e mais uma vez olhou para ela. Que estranha aquela ameba!

No meio da noite acordou sobressaltada. Será que a mancha ainda estava lá ou teria desaparecido? Foi até a sala. Lá estava.

No dia seguinte, enquanto trabalhava lembrou-se, ligou para casa. A faxineira atendeu. Ainda está lá? Sim a mancha ainda estava lá e ela havia procurado tirá-la de todas as maneiras possíveis, sem sucesso.

Comprou um carpete e forrou o chão da sala mas, cada vez que entrava na sala, tinha a curiosidade de saber se teria desaparecido. Um dia descolou o carpete no canto, só para ver: a mancha ainda estava lá.

Estava lá no fim de semana, durante a semana, de dia, de noite, a todo o momento. Não desapareceria, ela tinha certeza.

Entrou em desespero.

Colocou o apartamento à venda. Que pena ter que mudar-se mas não suportava conviver com aquela mancha que surgira do nada.

Vendeu o apartamento e mudou-se.

Enfim paz. Ficara livre do tormento.

No meio da noite acordou. Virou, revirou, leu, andou pela nova casa...mas era impossível. Não conseguia, não conseguiria voltar a dormir.

Será que a mancha ainda estava lá?



Tita



05/02/2007







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