Entre as pedras que encontro pelo caminho,
as vozes que escuto,
o dia a dia que se repete,
os acontecimentos inesperados,
busco.
Nas obrigações que se acumulam,
acontecimentos que encantam,
olhos que se cruzam com os meus,
desconhecidos que cortam o caminho,
busco.
Nas palavras que troco no elevador,
livros que leio,
belos escritos que visito,
fotografias e mensagens,
busco.
Nos jornais,
no convívio com meus filhos,
nos amigos que acompanham,
nas diversões despretensiosas,
busco.
Nos acontecidos do amor,
repetições antigas,
possibilidades novas,
arrepios e sensações,
eu busco.
Nas decepções e tristezas,
impossibilidades,
ansiedades doloridas,
interrogações e medos,
eu busco.
De buscar
vem-me a curiosidade,
a ansiedade que impulsiona,
e os planos que atiçam,
que enfeitam,
que bolem e colorem.
É por isso,
que busco.
Cristina
17/06/08
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