Deixemos de estória
Lero-lero, lorota,
Conversa-mole,
Papo-furado,
Disque-disque,
Conversa-fiada,
Conversa pra boi dormir,
Pra estadunidense ver.
Dessa vida nada nos restará
A não ser
A nossa potência de amar
Pra nossa entrega.
Vamos, pois, cuidar
Do nosso jardim de amores,
Das amizades-flores,
Quem viver verá
Quem sobreviverá.
Deixemos a história oficial
Construamos a veraz,
Aquela vera.
O sentido dessa vida é Amar
Pra que sobreviver
Senão pra Amar você?
Dessa vida nada se leva
Nada mantemos
A não ser nossa potência de Amar
Cultivada e potencializada.
Então, pra que sobreviver
Senão pra cultuar você,
nAMORar você,
Adorar você,
Comer teu doce,
Tua ambrosia,
Beber o néctar
De você-flôr,
Consumir teu mel,
Te amar de qualquer jeito?
Pra que sobreviver
Senão pra me unir a você?
---Gabriel da Fonseca.
---Às Amigas; Kurita Kanibal Itinerante em C. Procópio em PR (Processo Revolucionário poético-musical), 05/09/07/11h; 1034.
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 12/06/2008
Código do texto: T1031336
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