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Poesias-->Ainda menina - mesmo no amor ausente -- 11/06/2008 - 19:08 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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Pouco sei além daquilo que declaro
Faço coisas duvidosas
Para os anos que tenho
A menina birrenta teima em sobreviver
Sem sameleques ou condescendências
Enfeito o dia como posso
Com as novidades que desconfio
Estarem nos baús, nas páginas
Nos arquivos amnésicos da memória
Só recordo as coisas que interessam
Quando olho no espelho
Me faço de besta
- não são minhas essas ruguinhas insuportáveis
Nem os dentinhos tortos
- fazem apenas parte dessa casca humana
Dentro, não adianta
Sou a pestinha de sempre
É intrigante como volto a mim
A cada dia recupero as bobagens deliciosas
Brinco de tudo que quero
A felicidade dói, mas é gostosa
Mesmo as impossibilidades
Os sabores que não tenho mais
- a boca do meu moreno
Pago meu preço de sorriso aberto
escondo as fotografias
acendo velas, incensos
cato amoras, faço cartões de visita
Merda é quando sai a lua
E me chama na janela
- aí acendo a fogueira
Encho as taças
E se vem a lágrima
Bebo-a
Tudo faz parte
e vale a pena
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