Te amo tanto,
Que vivo No AMOR.
Vivo por ti
E pra ti vivo.
Tanto, tanto...
Que vivo enAMORado
De ti.
Que vivo te nAMORando.
No AMOR
Ando,
Ainda que sem tua licença
Clara e cristalina,
Tua diáfana admissão,
Com tua ambigüidade,
Sem teu Imprimatur,
Em alegre gratuidade,
Sem teu ineqüívoco assumir,
Sem tua bênção
Correndo o risco
De ser palhaço-pateta,
Do “Ame
E dê Vexame”
Correndo o perigo
Do papel de bobo-alegre,
Sem reciprocidade,
Sem garantias,
Sem royalties,
Sem profits,
Lucros,
Sem rendas
E dividendos.
Com gastos
A fundo perdido.
Sem correspondência,
Sem takto,
Sem radar
Em vôo cego,
Sem contakto,
Sequer sem
Teu acordo tácito.
Sem desconfiômetro
Bom intérprete dos teu sinais,
Inoportuno,
Imtempestivo,
Ex-tempo-râneo,
Incômodo (chamem os guardas!),
Com-fundi-DOR
De pura Amizade
Com vulcânico Amor,
Num monólogo de surdo.
Apenas em nome dos desesperados
É nos dado a Esperança,
Asseverou-no Herbert Marcuse,
Em “Eros e Civilização”
-Dirs. res. ao autor (™Julio Cezar™)©Gabriel da Fonseca©(®Soares®)
Kurita Kanibal em PR; 12.06.07ter;Dia dos Namorados, Ao acordar na madrugada.; digit. 22.06.07; 847
-Às Amigas Reais e Virtuais!
Gabriel da Fonseca
Publicado no Recanto das Letras em 10/06/2008
Código do texto: T1028576
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