Já me palpitava que assim seria o discurso dele:homem alto, na casa e ternura dos quarenta, ainda belo espécime...mas ouvi-lo foi extasiante!Repetia a palavra"carece" e nela encerrava o cerne da questão.Realmente o sistema educativo é carente:carece de modelos exequíveis,carece de profissionais fidedignos e responsáveis,carece de alunos formatados com os condimentos a rigor, carece de materiais, carece de segurança, carece de aquecimento até...Alguns conselhos,algumas directrizes,pseudo reflexão,o jogo do rato e do gato,em suma, uma hipocrisia com máscara de real!Gostei de constatar que afinal somos todos mortais e temos as nossas fragilidades, admitamos que enquanto agentes educativos sofremos desse mal da carestia.Uns porque sobrepóem a sua vida pessoal(o que não está errado),outros porque não têm"pachorra"para aceitar a mudança, outros porque nem sabem bem...todos temos os nossos motivos, porém,carecemos todos de dizer abertamente, sem pejo,que afinal também somos carentes: de sedimentação, de tempo para nos formarmos, de tempo para reflectirmos, de tempo para discutirmos em sã harmonia, promovendo o respeito pelas diferenças,de tempo para sabermos ser e fazer.Estratégias não faltam, medidas muito menos...agora fazermos uma gestão disto tudo para obtermos uma performance que chegue à satisfação?...Será um caminho sinuoso que carece de vontade.Neste estádio ficamos pelo diagnóstico e continuamos a fingir que tudo está bem.Nem as teses nos valem se não fizermos uso do acto de contricção, perguntando-nos:como posso contribuir para deixar este ou aquele aspecto de carecer?É óbvio o ponto de partida com bom senso, altruísmo, humildade...sentimentos que carecem na heterogeneidade de docentes que temos...
Estão agora a perceber porque fiquei eu extasiada?Carece de explicação?
Elvira:) |