Colhi-te, pequena e frágil,
quando florias.
Em meu colo acariciei tuas pétalas e
levei-te comigo a te mostrar a todos.
Cobri-te de beijos e te cuidei,
flor em forma de alma.
Um dia ante meus olhos pasmos,
perdeste uma a uma, tuas lindas pétalas.
Enquanto caiam, senti minha a tua dor
ao te despires de tuas vaidades
e corri a pegá-las do chão procurando,
em desespero,
colocá-las de volta em ti.
Inútil.
Tu te foste,
deixando em mim a tua fragilidade.
Hoje caminho a chamar por ti
e ao final do corredor sem portas,
teu vulto pequeno se faz enorme.
Cristina
07/06/08
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