Já passamos de 2004 para 2005. Para falar francamente, não percebi a esteira do 2004. Passou mais depressa do que um foguete atrasado. Incrível, mas é a minha realidade - não percebi o passar do tempo. Tento me lembrar o que fiz em janeiro (fiquei em casa), em fevereiro (fiquei em casa, trabalhei), em março... até julho (fiquei em casa, trabalhei). Em fins de julho viajei - São Paulo, interiorzinho, voltei. Setembro a dezembro (fiquei em casa, trabalhei). Só fiquei em casa e trabalhei, com alguns parênteses para uma viagem a uma cidade por perto.
No setor de vaivéns, viajei de avião e de trem. Também de carro. Peguei uma carona e dei algumas. Jantei fora com amigos e servi mesa e comilanças em casa.
No setor de aprendizado, cozinhei seguindo receitas conhecidas e me aventurei por novidades. Aprendi a fazer macarrão, ravioli e pasteizinhos de forno. Vi mais programas de cozinheiros na TV do que quaisquer outros. (Vi também muitos filmes antigos.)
Li menos neste ano do que em anos anteriores. Em compensação, aprendi a dizer "Feliz Ano Novo" em vários idiomas, até em finlandês. (Mas não aprendi a colocar os acentos - ficaram para este ano, talvez.)
No setor de novos conhecimentos, conheci muita gente. Mas com poucos continuei a amizade. Perdi o endereço de uma grande amiga - e ela mudou de emprego sem me ter dito. Agora, só nas ondas dos encontros de-repente é que vou encontrá-la.
No setor de velhos conhecimentos, a Internet me colocou em contato com pessoas que participaram da minha vida. E isto foi bom.
No setor pessoal, íntimo, meu-mesmo, eu-mesma, o que eu quero mesmo?- nestas coisas, percebi uma enorme resistência a certas mudanças. Estou "trabalhando" nisto.
E, para que serve, afinal o Ano Novo, se não para voltar a encarar a vida e até querer mudar um pouco?
Espero que o tempo não passe voando como passou no ano passado. Porque do jeito que vai, logo mais é o fim de 2005 também.
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E.E. |
