*Hora do Ângelus*
O sol declina na tarde plangente
Repicam sinos são horas do Ângelus
A mente ajoelha-se bendizente
Coração e lembrança trêmulos
Revive do mistério a anunciação
No templo ecoa a voz cadente
Deita sob o peso da prosternação
Ao pejo do recolhimento latente
Os anjos do alto em arpejo lírico
Cantam a sinfonia da Ave Maria
Os pássaros gorjeiam canto onírico
O Céu silencia o anoitecer da Iria
Fátima perpetuará em comunhão
Nuvem dispersa recolhe-se à oração
Sogueira
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