O Golpe do Sonrisol e o Conto Vela Para Dario
Maria era uma paulista que estava há um mês em Curitiba . Desde criança , ela gostava dos contos do autor paranaense Dalton Trevisan . O conto predileto da moça era : Uma Vela Para Dario , em que um este rapaz passa mal nas ruas de Curtiba , morre , seu corpo é levado para diversos lugares da cidade e , nestes pontos , as pessoas sempre acabam roubando algum pertence do cadáver .
Maria sempre foi uma pessoa brincalhona , mas que gostava de ajudar os outros . Na sua infância ela gostava de colocar um sonrisal na boca para fingir que era uma cachorra louca .
Um certo dia Maria , já com vinte de anos de idade e recém chegada em Curitiba , estava passando por uma rua do centro desta cidade . Quando , de repente , viu um homem tendo um ataque epilético e espumando pela boca , enquanto a sua companheira gritava :
- Socorro !
- Ajudem ao meu marido !
Então , Maria pensou :
- Nossa , os taxistas , em frente , estão olhando tudo nos seus pontos e não fazem nada ?!
- Será que acontecerá coisa semelhante ao conto “ Uma Vela Para Dario “ do Dalton Trevisan ?
- Será que ninguém ajudará a este senhor imediatamente ?
Maria comovida , ajudou a mulher a reerguer o seu marido que estava tendo um ataque . Mas , sem perceber , naquele momento , a esposa da suposta vítima , passou a mão na carteira da moça .
Assim , Maria deixou o doente um pouco de lado , aproximou – se dos taxistas e exclamou :
- Por que vocês não fizeram nada ?
- Não viram que o homem estava passando mal ?
Desta forma um dos motoristas disse :
- Você é mais uma pessoa que caiu no golpe do sonrisal .
- É o golpe em que a pessoa coloca um sonrisal na boca e finge ter um ataque .
- Agora , passe a mão no seu bolso e verifique se a sua carteira continua lá .
Maria fez isto e notou que foi roubada .
Porém , naquele momento , o casal de larápios já tinha desaparecido na esquina .
Decepcionada , a moça entrou triste na sua casa e pegou o conto : Uma Vela Para Dario para reler .
Luciana do Rocio Mallon
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