Esperou por algum tempo e começou a se achar uma tola, ridícula. Questionou o valor de seu ato. Estaria procedendo corretamente? Jamais desejou o mal a alguém... Lembrou do provérbio: "O inferno está cheio de pessoas bem intencionadas”.
Verificou as horas e resolveu de um ímpeto, ainda era possível pegar o trem das 18 horas. Chegara a hora de sumir.
Pensou em escrever um bilhete, haveria tempo de chamar um mensageiro. Mas, as palavras já não tinham sentido. Era melhor assim.
Apanhou a rosa e deixou-a sobre a mesa dele. Inteligente e sensível, entenderia tudo. A rosa ficou sobre a mesa escura, seu tom delicado e seu perfume deram um toque suave à sala austera do professor.
Quando ele entrasse na sala, a rosa estaria a esperá-lo e ela teria partido. Mas ele ficaria nela, em seu coração. E ela seria como a rosa, para sempre dele.