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Poesias-->Os Necro Antropófagos da Tropicália -- 18/05/2008 - 15:48 (Sereno Hopefaith) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Número do Registro de Direito Autoral:130952221531559800
Os que superestimam o passado

Os poemas datados da década

De sessenta do século antiquado

Não têm mais o que dizer

Por isso é um tal de faz de tudo

Por não ter o que fazer



Exumam os cadáveres da Arcádia

Tropicália em busca de atualizar

Como quem dela não querem sair

Suas vidas anônimas de palha

Que o vento há muito levou

E esse dia D não quis carpir



Rebanho cultural da burocracia

Da canga maracangalha

Necrófilos da tropicália

Incansável, cada gourmet da iguaria

Fina. As tripas do Torquato devora

Ao sabor da cajuína cristalina

Em Teresina não se cansam de comer

As mesmas buchadas, a carne seca de

Torquato incansáveis no servir



As instituições culturais homenageiam

As tarefas dos saudosistas dessa cultura

De sombras. Elas choram, olhos vermelhos

De tersol, manutérgio de Pilatos

Em cada missa, hostil hóstia de 7° dia

São entregues aos carrascos do gólgota

À política dos burocratas rituais

O mesmo lavar as mãos para a Sociedade

Carente Dos Poetas Vivos. Eles não precisam

Divulgar suas poesias, seus romances

Seus livros são esquecidos como se a

Burocracia necrófila reservasse para o futuro

A exumação de suas obras em homenagens

Às tripas póstumas dos autores atuais.



Essa burocracia de necrófilos

Por Torquato pranteia livros

Chora lágrimas de urinol

Em cada secretaria da cultura familiar

Para elas inexistem novos poetas

Ignoram-nos de sol a sol

Uma literatura em busca de estar

Arder nos corações e nas mentes

A mundividência de um novo dia

Fazer raiar outro horizonte solar



A burocracia a buscar vida nos túmulos

Onde a vitalidade não mais existe

Não pesca a manhã ávida por raiar

Dos autores que desejam que haja

Amanhã e não apenas o Estige

Dos interesses políticos datados

Da burocracia necrófila insaciável

Que devora precocemente o cadáver

Futuro de seus Filhos.



A burocracia sonha a terra

Sob a rosa branca do rigor mortiço

Da morte. Em metametamorfoses

Investem nas louvações e louvações

Póstumas ao redor das mesas redondas

De fórmica promovem a exumação

Administrativa dos mortos.



E haja carne seca e servida

Garçons de cara dura servem bifes

De meninas e meninos devorados

Na flor da vida pela necrofagia

Insaciável dos que odeiam a vida

Presente, futura, preocupados em

Exaltar e exumar os poetas mortos

Ignoram a poesia da vida de hoje

De agora. Os semeadores do amanhã

Fazem parte do cardápio ordinário

Das políticas dedicadas aos afagos

Dos ministérios e secretarias da morte

Da usura. Do sistema de “incentivo

E desenvolvimento estadual à cultura”.

Dos necro neo-antropófagos.

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