Um dia lá, quando os planetas arrepiados se desalinham prontos para as barruadas mais escalafobéticas do cosmo, eis que, no maior flagra, vê-se o famigerado traficante Fernandinho Beiramar com o não menos execrado espantalho Osama Bin Laden, em local incerto e não sabido – a assessoria de imprensa de ambos não me autorizou a revelar o local deste insólito encontro. Nem sei onde se dera mesmo, mas se soubesse, nossa, num diria que não sou besta de virar alvo para pontaria de sicário pós-moderno. Tá doido, tá?
No maior dos papos, a dupla dinâmica brincava de dar peteleco no planeta. Se um só já dá um desgosto tremendo à humanidade, imagine os dois juntos? Vão dar trabalho de num ter Liga da Justiça que dê jeito, quanto mais Bushit, dog Blair e a defesa da seleção brasileira.
Vamos falar sério que o negócio é mais arretado do que possa prever nossa vã perspectiva.
Do Osama todo mundo sabe: está devidamente domiciliado no meio dumas 30 mil cavernas e num sai de lá nem mordido-dos-cachorros-doidos, só mandando uns recadinhos alarmantes de que vai botar prá foder mais ainda para as bandas dos gringos de Tio Sam. E quando o recado sai e alcança o destinatário, oxente, todas as luzes se acendem alarmando a bosta pronta nos fundilhos dos ianques. O maior meladeiro de norte a sul, leste a oeste.
O medo é tanto que, por causa disso, é tanto galeguim atrás do paradeiro dele, que é mais fácil capturar OVNIS do que o dito cujo.
Já estão até fazendo uma varredura em Marte para ver se o danado está lá, de tanto que já cascaviaram aqui. Destá. Tô sabendo que é só desculpa para dizer que estão caçando o famigerado. Tudo de mentira.
Já Fernandinho, esse a gente ouve boataria da grande e converseiro enrolado: preso dizem que está, mas ninguém sabe ao certo. Mas a mais convincente constatação vem da Justiça e da Segurança Pública do Brasil: ou ele anda se envultando e presepando invisível por aí, ou tem uma tuia de clone dele aperreando a vida brasileira. Acredite, se quiser.
Dizem até que o cara tem uma fábrica de alvará de soltura das ineivadas que já sai traduzido em várias línguas. Basta um ser revogado, ele apresenta logo dez quentinhos saídos do forno. Eita, fábrica da rotônica, hem? Esse cabra é dos bons mesmo.
Pois bem, na maior descontração, os dois meliantes trocaram odientas pabulagens, tudo tramando o que alguns chamam de apocalipse arretado. Cá pra nós, que esta dupla é o sumo da escatologia capitalista, tô sentindo desde muito tempo.
Não foi possível gravar nem filmar, mas sei que fizeram um trato, isso cá pra nós que não quero virar um outro Salman Rushdie: o Osama vai arregimentar 3 mil daqueles simpáticos suicidas para se passarem pelo Fernandinho na América Latina. 3 mil? Maior trupé, hem? Salve-se quem puder. Já pensou mais 3 mil clones mais os serviçais do tráfico só para endoidar a vida da gente? Parece mesmo uma catástrofe da boba-torreiro!
Em troca dessa gentileza, o fascínora brasileiro vai providenciar 5 aviões entupidos de pó para ele estraçalhar numa daquelas colisões em prédios só para fazer festa de paranóia com os galegos norte-americanos. Vige, vai ser a maior doideira, todo mundo doidão.
O dia aprazado para essa estripulia ainda não se sabe. Mas uma coisa é certa: é melhor a gente pular 2004 e se infincar em 2005 para se livrar do saçarico. Assim, quem sabe, quando a gente der conta, já são águas reprisadas na telinha, né? Bié, bié, glup, glup!
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
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