Acabou-se a minha inspiração.
Não vem mais, não se manifesta, voltou aos velhos tempos em que só surgia num repente, como que transbordando. Então era necessário correr para agarrá-la quando ali estava. Era necessário movimentar-se, prestar atenção e anotar os detalhes.
Então se ia.
Vinha num movimento que abalava estruturas, deixava marcas, e partia.
Como um tufão, um terremoto.
Hoje, não pressinto que venha.
O ar, de tão parado, me sufoca.
Hoje não vem.
Tita
16/05/2008
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