Não deixarei
que me venças,
por menor que seja em ti
minha crença.
Que me maltrates
posso até compreender.
Mas que me mates
não posso consentir.
O sofrimento só me fará seguir
em busca de dias melhores,
que por piores que sejam os de hoje
hão de vir.
Não deixarei que me mates,
embora confesso, às vezes
tenho medo que faça.
Mas não cometerei essa desgraça.
Pois desde o dia,
que me deste teu sopro.
Eu o absorvi tão intensamente,
que por mais que me maltrates,
não viverei tristemente.
So a morte poderá me deter,
ou melhor, nem mesmo poderei morrer,
pois sou poeta e poeta é imortal,
e como tal terei que ser. |