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Humor-->Sexta-Feira Treze -- 17/02/2004 - 15:54 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A CPI DO WALDOMIRO
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Dia treze, sexta-feira
Dia muito bem lembrado
Dia bem comemorado
Companheiro e companheira
O início da carreira
O PT comemorava
Todo mundo lá estava
Para’ a comemoração
Do dia da fundação
Ninguém, por certo, esperava

Até que a bomba estourou
A revista deu o tiro
Falava do Waldomiro
O PT com medo ficou
E o vermelho amarelou
O assunto ganhou fama
A questão virou um drama
Falava da loteria
O nome do bicho trazia
Responsável pela trama

Gente muito importante
Do quarto andar do Planalto
Ocupava um cargo alto
Competente e confiante
Bem vestido e elegante
Tinha muita informação
E poder de decisão
Junto a todos os seus pares
Assuntos parlamentares
A ponte de ligação

Entre o Executivo
E o Congresso Nacional
Dava as cartas, afinal
Sem usar o distintivo
O Waldomiro prestativo
Era amigo de bicheiro
Que lhe dava o dinheiro
Pra investir na eleição
Sem rejeitar um tostão
O “Wal” é bom companheiro

Há tempos que o fulano
Era muito admirado
Amigo muito chegado
Do beltrano e do cicrano
Mas por debaixo do pano
No jogo, sempre apostava
Na loteria mandava
A troco de muita propina
Pra pagar a gasolina
Não perdia, só ganhava

Mas a verdade aparece
Veio à tona a confusão
Junto com a exoneração
Do amigo que se esquece
Todo mundo esmorece
Ninguém conhece o coitado
Que agora é mal falado
Mas já foi de confiança
Apostava na esperança
Conquistou o eleitorado

No DF ele atuou
Ajudando com dinheiro
Conhecido companheiro
Na eleição que passou
Foi assim que confessou
Os cem mil arrecadado
Na campanha foi jogado
Do candidato petista
Segundo naquela lista
Candidato derrotado

Agora a coisa tá preta
O PT tá enrolado
O chefe desconfiado
Vive fazendo careta
Não quer que ninguém se meta
Quem te viu e quem te vê
Não reconheço você
É contra a instalação
Da CPI da apuração
Assim ouvi na TV

O PT nasceu do chão
Nas asas da borboleta
Trazia na camiseta
O vermelho do coração
Lutava como um leão
Como um touro defendia
Todos nós da burquesia
Com ética e com respeito
Este era o seu jeito
O partido da alegria

Sonhava, naturalmente
Um dia chegar ao poder
De tudo melhor fazer
Em benefício da gente
Tão sofrida e tão carente
Voar bem alto queria
Como a águia, ele dizia
Fiel como o cachorro
Subindo e descendo morro
Assim o partido agia

Avesso à infidelidade
Que rasteja pelo chão
A cobra na escuridão
O PT amava a verdade
Tinha muita humildade
Cresceu como um elefante
Honesto e sem rompante
Até que aconteceu
A eleição ele venceu
E agora ficou distante

Mas logo ele foi tirando
O coelho da cartola
Para o povo não dá bola
Faz o jogo do Fernando
O antecessor imitando
Já pensa em reeleição
As reformas na contramão
O macaco mostra o rosto
Até na questão do imposto
E na tabela do leão

A imitação é perfeita
Segue à risca a lição
Não fez nem a correção
Tudo de ruim aproveita
Tudo de mal se ajeita
Já conhece o mundo inteiro
Não faz conta do dinheiro
Já andou no oriente
Mostrou o camelo pra gente
Assim vive o companheiro

Mesmo no primeiro ano
Não quis saber do Brasil
O presidente sumiu
No continente africano
Do tigre, se não me engano
Andou por terras estranhas
Origem de nossas entranhas
Fez discursos e piada
Que no fim não deu em nada
Quem tudo quer nada ganha

De volta pro seu rincão
Veio à tona o embrulho
Com ele todo o entulho
Naquela comemoração
Cantando de galo a canção
Tentando esconder o medo
Fez da festa um arremedo
Mas não se viu o embalo
O PT caiu do cavalo
No dia da fundação

Era uma sexta-feira
Como dissemos acima
Dia treze, neste clima
Assim disse a feiticeira
A bruxa é traiçoeira
Gato preto na parada
A festa foi azedada
Waldomiro descoberto
O futuro ficou incerto
CPI encomendada

Vinte e quatro foi o quanto
Iriam comemorar
Até a coisa estourar
E tudo virou um pranto
Cada qual para o seu canto
O amigo urso chegou
A vaca pro brejo levou
E manso como um carneiro
O partido por inteiro
De repente se calou

Mas ainda tem saída
Criar uma comissão
Cuidar da corrupção
Nessa pátria tão sofrida
Tão roubada e combalida
De escândalos altaneiros
Vergonha dos brasileiros
Sempre são surpreendidos
Sempre vivem arrependidos
De apostar nos companheiros

Que se crie um ministério
Ou outra repartição
Para tratar dessa questão
Desse eterno adultério
Esse país não é sério
E antes que eu me esqueça
E embora ninguém mereça
Vamos acabar com a ilusão
De sonhar com a eleição
E dar zebra na cabeça






















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