Venha , vamos viver o amor!
Mas, qual o amor devemos viver?
Aquele, que é cadeia e opressão?
O que sufoca, oprime e mesmo mata?
Ou algo mais sublime, que acalanta o coração
E, em êxtase, nos arrebata?
Amor, como temos sido vis em teu nome.
Quantas chances perdidas, por não sabê-lo
Maior que as nossas próprias idéias.
Por não procurar, humildemente, entendê-lo
- Mais do que desejo, mais que simplesmente fome -
Ilimitado, abarcando em si todos os ideais.
Amour, toujours l` amour,
Dizem, todos os franceses,
Desde antes Pompadour.
Mas, apesar dos nossos revezes,
Que nos arrastam ao estupor,
Ainda não lhe chegamos aos pés.
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