Tenho inexistido
sem reações e sem sensações,
como se ninguém fosse.
Tenho estado à parte de tudo
sem convivência e sem palpite,
como se penetra fosse.
Tenho ficado calada
sem palavras e sem murmúrios,
como se muda fosse.
Tenho olhado pouco
sem interesse e sem curiosidade,
como se cega fosse.
Tenho estado transparente
de uma transparência inodora,
como se alma fosse.
E como alma tenho vagado
em tremula transparência,
procurando recantos macios,
como se gente fosse.
07/05/2007
Tita
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