Essas correntes que prendem meu pensamento
e não deixam que extravase o que sinto,
são como garras de aço
e, eu só lamento...
Nada mais faço
a não ser fazer voar o que penso
tão leve, vai no vento,
e de mim apodera-se só o cansaço
Meu andar, agora tão lento
não alcança onde quero chegar
e as mãos, pendem vazias
sem seguirem nenhum traço;
Tento uma vez mais
mas, não sei por que escrevo...
se perdi os canais
se foi embora o enlevo
ou, de mim, fugiu a poesia...
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