Eternidade de Vinícius
(Armagedon, DF, 20/10/99, 12h30)
E quem falou, afinal, em eternidade?
Se alguém disse nunca acaba, eu não.
Desconheço o que não tenha variedade.
E mudar é uma forma de finalização.
O que era, se já o foi, cedeu seu lugar
que algo ou alguém veio ocupar.
E o que era, por sua vez, se mudando,
está hoje outro espaço ocupando.
Só sei da eternidade poética,
De ontem no hoje cantando o amanhã.
Realidade cotidiana, profética,
de quem gosta para sempre de maçã.
Creia em Vinícius, poeta-cantador,
venha aqui, assim, não tema.
Escreverei com o lápis do amor
em teu corpo um eterno poema.
Sétimo,em nome de Armagedon.
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