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Cronicas-->XANGÓ E NIETZSCHE -- 01/01/2000 - 02:42 (Pseudo-Nelson Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Terceiro Jogo das Finais do Campeonato Brasileiro de 1999

Fomos campeões, é certo. Mas resta um mistério sherlockholmeano a resolver. Amigos, ainda hoje me pergunto de que lugar o Osvaldo tirou aquela escalação? De onde ele tirou o Fubá? É isso mesmo: por que Rincón, Vampeta e ... e Gilmar?? Venhamos e convenhamos, foi muita retranca. Retranca desnecessária. Nós não perdemos por pouco. Não perdemos por incompetência do Atlético adicionada a intervenção do orixá que guarda o Dida.

Vejam aquele chute do Beleti no meio do segundo tempo. Ele, de frente pro gol. Ele, dois zagueiros vendidos - assistindo e torcendo para a bola não entrar - um lateral ausente, o Dida e o orixá fechando o gol e atrapalhando o pontapé mortal. Era gol na certa. Em condições normais ninguém erraria um gol daqueles numa decisão de campeonato. A não ser por causas sobrenaturais, como foi o caso.

Sem falar naquela arrancada solitária do atacante atleticano no final do jogo, deixando pra traz toda a zaga. E o que acontece naquela hora? Eis que, de súbito, o orixá do Dida dá uma força pro Edu, que sai de sua intermediária e chega na frente do atacante. Edu corria como um raio, o raio de Xangó.

Milagre, amigos, puro milagre. Afirmo que é caso pro Vaticano.

Não vou falar do ataque corinthiano simplesmente porque é difícil falar algo sobre o nada. E naquele dia o ataque corinthiano só apareceu quando o Dinei substituiu o inoperante Marcelinho. É certo que ele mandou uma no travessão que foi de tirar o fólego. E só. Não fez mais nada o jogo todo.

Mas alguns podem estar estranhando e dizendo: "póxa, vocês foram campeões, por que tanta reclamação?". Pois eu respondo. Para o autêntico corinthiano isso foi pouco. Não basta ser campeão, tem que jogar com garra, e se possível ainda jogar bonito. Digo mais: acima de tudo é necessário jogar com vontade, mais que ganhar.

E me explico. O Corinthians tem uma das duas maiores torcidas do país. Mas sabe-se que ele não é nenhum time supercampeão, abarrotado de títulos. Ora, ainda assim temos uma torcida maior que a população alguns países. Disso concluí-se que o que faz o Corinthians CORINTHIANS não são títulos, mas a postura em campo. A postura que sempre esperamos quando vemos aquele uniforme alvi-negro rasgar o verde do gramado: a postura de um time nietzscheano, um time que se afirma em campo, ainda que os fracos prevaleçam sobre ele.

Para mim é muito claro porque o Osvaldo escalou o Fubá ao invés do Fernando Baiano ou do Dinei (e arrisco a dizer que nem se o Luizão estivesse em condições ele entraria): isso porque o Osvaldo é ora socrático, ora aristotélico. Ele nunca aceitaria o desafio dionisíaco de avançar o time justamente na última cena da tragédia.

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