Da natureza, o poder se manifesta
Em cada inegável maravilha,
Vinda de sua força criadora:
O canto da ave mais canora,
O prateado do luar que brilha,
O encanto sem igual de uma floresta,
O mar...
Esse mar azul, a nos encantar,
Pelos mil mistérios que abriga,
Em seu espaço imenso e profundo,
A ser, de tudo que há no mundo,
O mor fenômeno, que nos intriga,
Face ao que se possa imaginar
Nele existir...
E quanto mais possa a mente perquirir
Acerca de tantos naturais mistérios,
Dos muitos seres que habitam as matas,
Ou da beleza e força das sutis cascatas,
Da infindável variedade de minérios,
A que, grande valor se possa atribuir,
Se assegura:
Há de permanecer incógnita, obscura,
Toda a razão de ser da maior parte
Daquilo que, entre céu e terra, existe,
Porque em não se saber é que consiste
O se reconhecer, da natureza, a arte,
Sendo debalde, da ciência, a procura
Incessante.
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