C´os pés descalços e neste chão de brasa,
vai maltrapilho, rabugento e imundo,
um falso andante, um pobre vagabundo,
um homem sem sorte que não tem nem casa.
Como este homem, um animal dantesco,
que ao podre mundo não pode ser útil,
senão mostrar que todo mundo é fútil,
na humanidade tudo é tão grotesco.
Mostrando ao mundo o que ele é, somente
pondo a verdade ao meio à toda gente,
gente que pensa que é bom lustral,
que de manhã comunga santamente
porém à noite, sigilosamente,
às escondidas vai ao bacanal.
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