ETERNA MENINA
Por Orlando G. Steiner
Quando ela irá crescer?
Algum dia irá envelhecer?
Acredito que não.
Sou seu humilde e eterno peão.
Suas sedosas tranças, quando guri
tantas vezes puxar, eu fingi.
Beijo seus cabelos sedosos,
tenho-os entre meus dedos,
e esqueço os meus medos.
Vera, Verinha minha querida.
meu amor sempre impossível.
Loura ninfa, para mim invisível.
Nas nossas diárias corridas,
já vivemos quantas vidas.
Já fui José e ela Maria.
Minha pomba fugidia.
Me contento com o que tenho.
A amiga por qual me empenho.
Sou teu aluno, combatendo dragões,
vou abatendo gaviões,
eles a querer sequestrar.
Mulher-inatingível, boa de se amar.
Até quando vou amargar,
esta dor de não te ter e tanto te amar?
Nem me respondas, minha amiga
Vê se me visita, vê se me liga.
O amigo, leitor e como, ele mesmo diz, poeta
aprendiz, declarando o amor a sua eleita e
minha xará, Verinha.
Um amor que nasceu na infância e permanece.
Lindo da gente ler.
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