Antes, foi a dor da solidão,
Uma inevitável companhia,
Como saber o que fazer,
Que amenizasse esse sofrer,
Dando-me alguma alegria,
Como consolar o coração?
Mas veio, um dia, o inesperado,
Em forma duma especial estrela,
A sobressair no azul do firmamento,
Mudando minha vida num momento,
Posto que, ao simplesmente vê-la,
Como que se apagou todo o passado.
Qual anjo que ao meu lado permanece,
Um emissário singular de plana paz,
Minha estrela, toda feita de ternura,
Deu-me, do amor, a emoção mais pura,
De modo a que eu a ame sempre mais,
Num afeto sem igual, que me enternece.
Tem ela, em sua própria essência,
De tudo, um pouco, que possui a natureza:
Das estrelas, a me inspirar, o lume,
Da mais delicada flor, o doce perfume,
Da encantadora lua, a sutil beleza,
Do misterioso mar, a magnificência.
Tem também, das alvas nuvens, a cor,
Da atmosfera das florestas, a pureza,
Da brisa matinal, o toque ameno,
De um tranqüilo lago, o jeito sereno,
A dar à minha vida, enfim, esta certeza
De que, com ela, vivo o mais sublime amor.
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