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Contos-->** O OLHAR ** -- 19/04/2007 - 11:07 (Sonia Nogueira - *sogueira*) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
* O Olhar *

Foi no primeiro dia de aula do semestre seis. Todos nas galerias narrando as novidades das férias.
- Qual a primeira aula?
- Conhecem o professor? Ele é legal? Como é então?

- Bem ele é... É esse que vem aí...
- Chi!!!!! O mesmo de semestre três, que humilhou uma colega na sala de aula. - Isso não é resposta, minha senhora, de uma universitária pensante. -Ele usava muito esta expressão: Saber pensante. - A senhora deveria ser chofer de fogão. – Epa! professor, respeite a ignorância da nossa colega pensante! E foi uma equipe reclamar na coordenação, para retirar o professor da sala de aula. E entre tapas e beijos, voltaram todos e concluíram o semestre na paz esperada.

Entraram todos na sala de aula, aguardando a apresentação do professor, com aquele sorriso de acolhimento e um: Bem-vindos acadêmicos do nosso Brasil, futuros homens desta nação, cabeças pensantes... Nada. Secamente... Boa tarde. Sou o professor de Antropologia Cultural. Estou aqui para transmitir um pouco dos meus conhecimentos e encontrar em vocês disposição para as pesquisas. Um semestre oferece um tempo ínfimo. Quem quiser ser bom estude ou terão apenas um canudo oco, com uma cabeça vazia... Nestes termos, mais ou menos.

Sentei-me na primeira cadeira da primeira fila. Sempre chegava cedo no primeiro dia e comentava sorrindo: Aluno estudioso é assim, senta na frente, aprende mais, destaca-se mais... A traseira está destinada aos “conversantes e colantes”. Modéstia a parte, fazia parte da turma de destaque da sala. Nunca fiz recuperação nem segunda chamada, era monitora, organizava as festinhas, apresentava os trabalhos de equipe etc.etc. Quando ia formar minha equipe citava: Quem for pensante aproxime-se de mim, quem for colante... Aí citava um nome qualquer as gargalhadas... Achegue-se a fulano...

Junto com vocês pesquisaremos, debateremos o comportamento humano em seus aspectos físicos e sociais, desde a família primitiva até família nuclear contemporânea...
Você aí faça uma pequena descrição sobre este tema... Todos se entreolharam e indagaram com o olhar...Par quem a pergunta? Quem vai responder?... E o silêncio na sala... A vontade de sorrir da situação, mas quem ousaria? O homem era um poço de antipatia e autoridade... Era um sujeito de boa altura, magro, feio e o olhar nem imaginem!...

- Vocêeee, menina, de blusa vermelha!
- Eu professor? Não identifiquei se era para mim. O senhor olha para um lugar a gente pensa que é para outro!
- Uma gargalhada geral, bem rápida, depois silêncio, já esperando uma mãozada na mesa e um “esparro” grandioso.
Com ar de segurança, sem frustração: - Graças a Deus, este meu estrabismo, assim nos dias de NES e NEF posso notar quem está colando, sem ninguém perceberá a direção do meu olhar.

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