FALANDO DE LIMPEZA
Hoje se comemora o Dia do Gari. Pensando cá com meus botões, lembrei-me do Seu António, o gari que trabalha na rua onde moro. Figura humana de grande simpatia, bom contador de histórias e, acima de tudo, um homem honesto e trabalhador, seu António é dessas pessoas cuja amizade nos causa grande satisfação. É comum, aos sábados, eu encontrá-lo trabalhando e parar para alguns momentos de prosa. Com seu jeito alegre e bem humorado, todas as vezes que encontra um de nós, seus amigos, ele apóia um braço sobre a vassoura e interrompe seu trabalho por alguns minutos, dando-nos o prazer de uma conversa sempre agradável e construtiva.
Ocorre-me, agora, um fato digno de nota. Na correria da vida moderna, muitas pessoas não se dão conta da importància desse profissional da limpeza, que tem a árdua função de manter limpos os logradouros públicos, tendo contra si o vento e a chuva, que espalham lixo pelas ruas da cidade, como também a falta de consciência de muitos de nossos concidadãos, que têm o costume de jogar no chão toda a sorte de objetos que seriam destinados à s lixeiras, mas que, por puro descaso, acabam por ser atirados pelo caminho.
Todos os dias, chova ou faça sol, lá estão eles, em seu contínuo e inglório esforço, no sentido de manter limpas as ruas, que, á medida que vão varrendo, vêem ser atirado por terra todo o trabalho, por força dos péssimos hábitos de nossa população, no que diz respeito à higiene. Praza aos céus que haja de chegar o dia em que o nível de conscientização da população seja tal, que permita aos garis trabalhar em melhores condições, varrendo ruas onde não seja jogado nenhum lixo e recolhendo o lixo domiciliar acondicionado em sacos plásticos bem fechados, fazendo do trabalho desses verdadeiros heróis algo menos penoso e insalubre.
A todos os garis, minha homenagem sincera e meus parabéns pelo seu dia, com os votos de que a sociedade evolua para um estado que lhes proporcione um exercício mais agradável da sua nobre profissão.
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