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Cronicas-->Argentina, doce Argentina. -- 18/10/2004 - 10:10 (Marcelino Rodriguez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Argentina, Doce Argentina

Marcelino Rodriguez

Sempre me comoveu, desde ouvir menino a cañção de Evita,
onde eu imaginava uma bela Argentina de olhos e
pelos negros, passando pela copa de 1978 no delírio azul e branco
da equipe de Passarela e Mario Kempes, a Argentina.
As lágrimas copiosas que chorei durante a recente
crise económica, que provocou o panelaço.
Lágrimas profundas e misteriosas. Eu ja´amava o país
mesmo antes de conhecê-lo por terra, qunado o destino
inexorável levou-me para a Província de Córdoba,
com seu parque Sarmento e sua nostalgica praça San
Martin, onde velhos argentinos invocam o fantasma
de Perón, sempre presente.
Foram dois meses em que achei em mim a outra banda
da América, a espanhola. Córdoba de seus cafés e
cybers... das ruas arborizadas... do vinho com
soda..do mate... do assado
do povo pacato e afável... dos quiosques caseiros.
Certo que a politica da globalização e a mídia tem
feito seus estragos. Que a crise economica fez decair
a qualidade de vida, com a luta pela sobrevivência
solapando as sutiliezas da cultura, provocando
melancolia e grande fluxo migratório.
Mas há uma estrutura, um carisma, um charme básico,
uma pauta de notas iniciais que a primeira chance
que a economia dê alguns avanços e a Argentina pode
voltar a luzir como nos tempos em que esteve entre
os mais ricos e amados países do mundo.

20.10.2004

A DAMA DE BAIRES

Marcelino Rodriguez


Desde que seu pai deixou a Espanha, antes mesmo de nascer,
que estava escrito que ele iria sofrer em terra barbara.
Trazer tanta beleza na alma, tanto sentimento,
e ter que conviver com gente sem civilidade. Gente indiferente,
inculta , má e inútil.
Pode-se dizer que para ele é uma espécie de inferno.
E lá vai ele dia após dia sangrando palavras,
apontando os meninos miseráveis ou falando da
qualidade dos girassóis. E dos nativos só tem o silêncio, o ódio,
a inveja. De vez em quando lhe bate uma estranheza,
uma saudade de qualquer lugar longe disso...
Duros exílios, anos de deserto...
De que adianta cantar pra surdos?
Muitas vezes lhe dão o silêncio.
Aos poucos ele aprende a desprezar.
Mas como Deus não deixa os artistas sem anjo,
de Buenos Aires uma nobre dama
incentiva nosso herói,
elogiando seu esforço de tocar a lira dourada.
A dama de Buenos Aires é a consolação do nosso herói,
que continua vestindo suas roupas combinadas e mantendo
os hábitos da civilização, mesmo entre selvagens.
A dama de Baires é uma metáfora do exílio.






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