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Cronicas-->Poesia Até na Morte -- 12/10/2004 - 11:57 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

A POESIA ATÉ O FIM
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Fernando, o grande Sabino, morreu em casa, um dia antes de completar 81 anos de idade. Deixa um legado de belos escritos, que influenciou várias gerações.

E fica a pergunta no ar: poeta também morre? Pessoalmente, acho que não. A questão está mais para o adormecer eternamente; e o viver para sempre; na memória da gente.

Todavia, para aqueles que não acreditam em histórias do tipo fui-ali-e-volto-já; e para os que só acreditam na tese de que morremos, para sempre, há que acreditar no outro lado dos fatos. Evidenciados e verídicos, até para os seguidores de São Tomé.

Se o nosso poeta, cronista, roteirista, e tantas outras vertentes literárias, digamos assim, morreu de verdade, é forçoso concluir: Fernando Sabino morreu diferente. Morreu de modo poético, como sempre viveu.

Coincidentemente, Fernando Sabino - que nasceu homem - morreu menino, como assim gostaria. No dia anterior ao reservado para homenagear NS da Aparecida. E dedicado a todas as crianças do Brasil.

No dia em que completaria 81 anos de infància. Com toda a grandeza e humildade que o caracterizava. Irmãs gêmeas de sua sabedoria. Morreu distante da ingenuidade e da maldade dos adultos, que relatou com fina ironia.

Caminhou pela vida de encontro ao tempo. No rumo da infància que tanto perseguia. Para melhor desfrutar da vida e melhor compreendê-la, na sua versão mais bela e simplificada.

Felizmente, temos a chance de um encontro marcado com Sabino. Todos nós, aliás, assim espero. Um encontro no céu, com o mestre da sátira e da espontaneidade.

Confirma-se o vaticínio, segundo li num jornal: "O silêncio é a linguagem de Deus". E eu me recordo dos grilos não cantam mais. Título de seu primeiro livro, seu primeiro conto. Escrito aos dezoito anos de idade. No início de sua velhice.

Obrigado, Fernando Sabino. Grande brasileiro. De fato, carioca; e de direito, mineiro. Descanse em paz, no útero de sua mãe poesia.

12 de outubro de 2004.





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