A LITERATURA EMPOBRECE
Hoje a literatura brasileira ficou mais pobre. À véspera de completar seu octogésimo primeiro aniversário, faleceu Fernando Sabino, aquele que considero o maior nome da crónica nacional.
Fernando era mineiro e sua maneira de ser e de escrever não negava; antes transparecia nele o gosto por uma boa conversa e a maneira especial que o povo mineiro tem, no tratamento com as pessoas.
Desde menino, eu costumava ler esse luminar das letras, deleitando-me com cada uma das Cronicas que ele escrevia. Durante muitos anos, Fernando Sabino escreveu, semanalmente, para o jornal O Globo, presenteando-nos com sua fluência e sua incrível capacidade de retratar, de forma simples, precisa e agradável, os fatos do cotidiano carioca, já que aqui veio residir ainda jovem.
Tudo que ora se possa dizer acerca da obra de Sabino será, certamente, muito pouco. Sim, porque há pessoas que, de tal forma sobressaem em determinada atividade, que estão sempre um degrau acima dos maiores. Assim era, a meu ver,
Como se situava ele no que tange ao cenário da crónica, não apenas do Brasil, mas da língua portuguesa.
Como leitor, já estou com saudade das belíssimas Cronicas da autoria de Fernando Sabino. Como humilde escritor, deixo minha homenagem ao grande cronista, baluarte das letras em nosso país.
Descanse em paz, Fernando.
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