Usina de Letras
Usina de Letras
149 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62214 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10450)

Cronicas (22535)

Discursos (3238)

Ensaios - (10357)

Erótico (13569)

Frases (50608)

Humor (20029)

Infantil (5429)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140799)

Redação (3303)

Roteiro de Filme ou Novela (1063)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6187)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Carta de um ex. marido -- 13/02/2002 - 17:01 (Daniel Fiúza Pequeno) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carta de um ex. marido

Autor: Daniel Fiuza
13/02/2002

Como não consigo te falar
Lê a carta, to indo embora
O motivo? Agora vou relatar
Falo as queixas sem demora
De você me livro eternamente
Saio da sua vida finalmente
Acabo com a mágoa agora.

Tentei te falar várias vezes
Você sempre caia fora
To esgotado há meses
A culpa toda é da senhora
Fica fugindo do problema
Acaba com o meu esquema
Depois fica fazendo hora.

Ano passado tentei te seduzir
Todos os dias daquele ano
Só em trinta e seis vezes consegui
Nos outros você frustrou meu plano
Ia sempre dormir com fome
Essa abstinência me consome
Minha vida era um triste desengano.

Meu fracasso exponho abaixo
Espero que me dê razão
Não foi um ano muito fácil
Você minava meu tesão
Falava na hora errada
Parava a transa por nada
E não amava com paixão.

Não quis fazer naquele dia
Para não acordar as crianças
Quarenta e oito vezes, ave Maria
Eu fui dormir só na lembrança
Mas que desculpa esfarrapada
Foi besteira ficar preocupada
Chega um dia essa coisa cansa.

Vinte e sete vezes fazia frio
Nem ligando o aquecedor
Quando penso nisso até rio
Bastava um simples cobertor
A própria transa ia esquentar
Por isso não devia recusar
Pois é amando que vem o calor.

Trinta e quatro vezes fazia calor
Agora ficou tudo ao contrário
Não quis transar, pediu, por favor,
Dormiu e nem fez comentário
Após o amor podia tomar banho
Achei esse gesto muito estranho
E passei mais uma noite de otário.

Disse-me que estava cansada
Às vezes foram quarenta e três
Virou pro lado dormiu sossegada
E eu no zero a zero outra vez
O cansaço se cura com amor
Mas como sempre ela recusou
É triste contar isso pra vocês.

Vinte sete com dor de cabeça
Trinta seis com o estômago cheio
Falava-me séria... Nem começa
Quando eu já estava no meio
Era só tomar um comprimido
O problema estava resolvido
O resto era só carinho, eu cheio.

Num mau humor neurótico
Quarenta e seis vezes ficou
Contei piada, pus filme erótico
Mas nada disso você aceitou
Virou pro lado e logo dormiu
Mandou-me pra puta que pariu
Foram noites que você estragou.

Hoje não... To menstruada
Trinta e seis vezes me disse
Ficava brava muito irritada
Mesmo que teimoso insistisse
Nunca tive esse preconceito
Eu transaria de qualquer jeito
Mas você pedia que eu saísse.

Até pelo esmalte fresco
Por tinta vezes você me evitou
Nunca me dava um refresco
Até da cama você me expulsou
Sentindo-me muito rejeitado
Dormi no sofá, só e calado
Você não imagina como estou.

Mesmo quando fizemos amor
A coisa não foi satisfatória
Seguindo explicando eu vou
Para completar a nossa história
Você quebrava o barato
Sempre interrompia o ato
Tornando nossa noite inglória.

Por dez vezes você reclamou
Disse que fui muito apressado
Esperar por você fazendo amor
Seu amor ta sempre atrasado
Depois de uma hora e meia
Não seguro, a coisa fica feia
Tenho que liberta esse coitado.

Fazendo amor você dormiu
Por doze vezes, é um bocado
Dormindo acho que nada sentiu
Não viu que eu havia terminado
Isso é falta de consideração
Nem fazendo amor presta atenção
Senti-me um homem desolado.

Uma vez me deu uma joelhada
Bem no meio do meu testículo
Num dia que não tava inspirada
Naquele dolorido dia, foi ridículo
Em vez de prazer, eu senti dor
Meu pobre testículo até inchou
Senti-me um rato num cubículo.

Por duas vezes cortou o barato
Falando da pintura do teto
Perdi todo o tesão no ato
Quase me tornando desafeto
Não era hora de falar de pintura
Ficou mole o que estava dura
Todo envergado o que estava reto.

Onze vezes achei que tinha morrido
Você não se mexia, estava estática
Foi ai que vi que eu estava perdido
Você era um robô, uma automática
Dei-te um tapa para você acordar
Depois disso não quis mais transar
Alem de tudo era sistemática.

Despeço-me, vou feliz embora
Não agüento mais essa situação
Vou procurar outra mulher lá fora
Que goste de transar com emoção
Preciso recuperar o tempo perdido
Quero uma mulher que ame o marido
Na cama no banheiro ou no chão.











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui