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Cronicas-->DO AULOW RANDAP -- 07/10/2004 - 07:25 (Érica) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Esta crónica e mais outras contribuições do AULOW RANDAP me foi enviada pelo e-mail. Tomo a liberdade de colocá-la na Usina, lugar a que pertence de direito ... talvez até pelo famoso "uti possidetis". O autor tem sido, através de quase oito mil contribuições a este "site", um dos seus ~fundadores~- quer essa categorização agrade ou não a muitos. - Não sou egoísta. Quero compartilhar as escrita de Aulow Randap com seus fiéis leitores e também os recém--iniciados. Vai a crónica:


(8 outubro 04)

"NÃO PISARÁS!

Deus, meu Deus, onde andava o Mateus com a cabeça, que viram estes olhos meus, para cometer uma loucura daquelas, naquela já longínqua tarde de setembro de 1958?

Na certa havia saído do Evangelho - e da escola, o que fez em minha companhia - e seguiu em direção oposta à que tomava todas as tardes rumo a sua casa, no bairro da Penha.

E não era de muita conversa o comprido colega Mateus,pois além de zarolho, padecia daquela notória dificuldade com a língua pátria, com a aritmética e mesmo com os folguedos no pátio da escola. Ensimesmado e mais que um bocado.

E me surpreende até hoje como é que lhe ocorreu me
convidar para acompanhá-lo naquela louca aventura. Vai ver que nem convite formal fez. Afinal aquele era meu caminho normal de voltar pra casa, saindo da rua da vetusta escola, passando em volta do Forum Municipal e vendo a Matriz em plano mais baixo, tendo a separá-la
do Forum tão-somente aquele gramado verdinho,
aveludado, em aguda rampa...

Pois era ali que se fixava a mente do bom
Mateus...seus olhos, não sei, pois com aquele grau de estrabismo, a volúpia é que os dominava, ainda que evitasse a manifestação explícita, vocal. E, eis que, num átimo, precipita-se o Mateus rampa abaixo, como se assentado num tobogã, a se deslizar naquele acelerado e deleitoso transe. Até um certo ponto. Pois havia o fim da rampa, uma mureta baixa, ...e a rua que circundava os fundos da Matriz. Mas havia mais: havia uma postura municipal que proibia aquelas evoluções e ameaçava com multa, cadeia, sei lá. E havia ainda, para o mal dos pecados, um homem, um policial estrategicamente à espreita, justamente no fim do passeio do tobogà gramado.

Do alto, com o coração na mão, vi ainda a aterrissagem e imediata abordagem do jovem Mateus. Mas ali já não foi mais que um ofegante relance, de pavor - e de correria. Não vi o Mateus no dia seguinte na escola, e noutros,se pouco veio, foi de menos conversa ainda.
Já se iniciava também o seu tobogã para o oblívio."
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