Hoje, o tempo passa muito lentamente,
Um minuto parece uma eternidade,
Fez morada no meu peito essa saudade,
Sofro a dor da solidão e, infelizmente,
Não há, ao menos, uma possibilidade
De aplacar essa angústia em minha mente,
Pois sabe meu coração que estás ausente,
Sem ti, musa, não posso ter felicidade.
Não me é possível nem ouvir a tua voz,
Que, ao certo, um grande alento me daria,
Mas não pôde auxiliar-me a ciência.
Só me resta resistir a essa ausência,
Enfrentando a força da melancolia,
Que do pobre existir se fez algoz.
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