Há alguns dias recebi um e-mail com um provérbio indígena que pondera que quando o homem se der conta da destruição do meio ambiente será tarde demais.
Este fim de semana tivemos um exemplo da ganància do ser humano. Aqui pertinho no nosso vizinho Paraguai. Um incêndio que até agora matou mais de 400 pessoas e feriu outras tantas. Tudo porque ordenou-se que as portas fossem fechadas para que os clientes não saíssem sem pagar pela mercadoria, que no fim das contas foi toda queimada. Centenas de inocentes morreram pela ganància de alguns pouquíssimos homens.
Chegamos a um ponto em que o dinheiro vale mais do que vidas, não só humanas, mas animais e vegetais também. Florestas inteiras estão sendo destruídas para virarem pastos, lavouras, carvão. Esta semana o Jornal Nacional tem mostrado uma série de reportagens sobre o cerrado. A diversidade biológica que existe bem no coração de nosso país é maravilhosa e infelizmente não nos damos conta disso. É uma riqueza que não pode ser reconstituída como a Mata Atlàntica, da qual não sobrou quase nada.
O mundo já destruiu praticamente todas suas florestas. Em Atenas, por exemplo, sede das Olimpíadas, existe a menor concentração de área verde por habitante no mundo. Vivemos num país "abençoado por Deus e bonito por natureza", com diz Jorge Benjor, mas estamos destruindo toda essa rica beleza.
Quando não sobrar mais floresta alguma, nenhum animal silvestre, onde buscaremos a cura para as doenças?, quantas outras novas doenças aparecerão em decorrência desse desenvolvimento desenfreado?, onde buscaremos alimento quando tudo for destruído e não sobrar nada mais que deserto? Apenas restará o dinheiro. O estopim de tudo. E nos daremos conta que dinheiro não se come e, então, o que será de nós?