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Poesias-->MESES -- 10/01/2008 - 00:17 (JOSE GERALDO MOREIRA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MESES



Saio de dezembro atrasado

Vestindo um janeiro apertado

Já quase chegando a março

Pulando fevereiro aos pedaços



De abril faço azuis e maio

Junho marrom, de desmaio

Julho sem gosto quase insosso

Imitando agosto, o do desgosto.



Setembro é mês de virada

Ridícula parada armada sem graça

De casa nem saio, me cubro

Adormeço esperando outubro



Que passa desvairado, nem lembro

Arrastando às pressas a cruz de novembro

Para atirá-la ás costas do Nazareno

Que morreu nos coração de dezembro



Assim levo meu tempo, sem pensar em nada

Aguardando uma época mais naturada

Aguardando que chegue um dia de vento

Que sopre tempo para não matar o tempo



Tempo que transborda pela vida

Como água na fonte esquecida

Vai aos poucos criando um limo

Que cobre do fundo ao cimo



As pedras não se mexem, estagnadas

Nessa poça de água parada

Que não corre para nenhum rio

À espera de que voltes, meses a fio.



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